Madrid

Quinta-Feira de manhã vou para Madrid.

Foi assim uma decisão tomada do pé para a mão, numa altura em que achava que fazia todo o sentido sair daqui. Mandei a ideia para o ar num almoço, e transformou-se no meu presente de Natal.

A verdade é que sempre quis ir a Madrid, a verdade é que ha um ano atrás desejaria esta viagem de outra forma, no fundo o problema é que ainda a desejo assim. Vão ser 4 dias, pouco tempo,mas demasiado para o meu coração partido. Tenho tudo para aproveitar, não conheço absolutamente nada, ha muitas coisas e muitos sitios que quero visitar. Que quero aproveitar ao máximo, mas sei que o diabinho me vai andar a povoar o pensamento, pode ser que ele se interesse por algumas das coisas que vou ver e pare de me chatear. Tenho plena consciência que 1 metro ou kms de diferença não mudam nada, ou mudam muito pouco. Não ha nada que possa fazer, cá ou lá. Tenho um nó na garganta e outro no estômago, gostava que este nó se desfizesse, ou com o frio que faz bem que podia gelar e partir.

Ha muita coisa que gostava de dizer e sei que não devo. Por isso não o faço, gostava só de deixar o coração por lá, e vir fresh and new, para uma vida menos... sentimental. Cada vez penso mais em ir para fora, deixar as coisas para trás e ir viver um ano para Inglaterra por exemplo. Neste momento sei que ainda não seria capaz de o fazer, mas gostava de ir um dia. Claro que preferia fazê-lo de mão suada, agarradinha a "tu", com os nervos do descolar do avião, e que me "dissesses" ' está tudo bem...'

Madrid... até já.